sexta-feira, 30 de abril de 2010

                                       Filosofia Grega



 A filosofia tem uma história de mais de dois mil e quinhentos anos. Foi na Grécia Antiga que esta ciência surgiu e tomou as primeiras proporções. Embora vivessem em cidades-nações distintas e rivais entre si, os gregos conseguiram desenvolver uma comunidade única de língua, religião e cultura, que foi responsável pelo grande avanço da ciência na Idade Antiga. A genialidade grega foi responsável pelo avanço de diversas áreas do conhecimento, como artes, literatura, música e filosofia.   A filosofia grega pode ser dividida em três fases: período pré-socrático, socrático e helenístico. No período pré-socrático, a Filosofia foi utilizada para explicar a origem do mundo e das coisas ao redor. Os pré-socráticos buscavam um princípio que deveria ser presente em todos os momentos da existência de tudo. Os principais filósofos dessa fase foram: Tales de Mileto, Heráclito, Anaximandro, Xenófanes e Parmênides.   O período socrático foi caracterizado pela mudança em relação ao objeto de estudo da filosofia, passando da metafísica para o homem em si. Esse caráter antropológico se deu através dos três principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles.   O período helenístico compreende desde o final do Século III a.C até o Séc. II d.C. Essa fase foi marcada pela associação da visão cristã à filosofia, passando a crer mais em soluções individuais que coletivas. Entre os filósofos deste período, podemos citar: Marco Aurélio, Séneca, Epíteto, Lucano, Pirro de Elis, Antístenes, Diógenes de Sínope, etc


 Os principais filósofos gregos a se preocuparem com estas questões foram, pela ordem de nascimento:

Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.)

Filósofo da Grécia antiga, destacou-se por procurar construir seus conceitos a partir de constatações das realidades do mundo observável, tendo deixado também contribuições propriamente científicas. Os antigos gregos, a partir de Aristóteles, acreditavam que todas as coisas eram compostas a partir de quatro elementos: a Terra, o Fogo, a Água e o Ar. E haveria um quinto elemento, do qual seriam compostas as estrelas.

Aristarco (310 a.C.-250 a.C.)

O astrônomo grego Aristarco foi o primeira a propor que a Terra gira em torno do Sol e em volta de si mesma. Seu modelo heliocêntrico do Universo tinha o Sol estacionário no centro, cercado por planetas que se moviam em órbitas circulares contra um fundo de estrelas fixas e distantes.
O único trabalho conhecido de Aristarco é "Sobre o Tamanho e as Distâncias do Sol e da Lua", um registro de suas tentativas de medir esses tamanhos e distâncias, evidentemente sem nenhuma precisão. Seus cálculos se baseavam na Geometria e nas sombras produzidas num eclipse. Aristarco percebeu que o Sol era muito maior do que a Terra, e a partir daí deduziu que o Sol estava no centro do Universo. A maioria dos gregos não aceitou as idéias de Aristarco, que foram ignoradas.
Por incrível que pareça, o "Almagesto" de Ptolomeu dominaria o estudo da astronomia dos próximos 1.500 anos, com sua visão geocetrista.

Eratóstenes de Cirenia (276 a.C.-195 a.C.)

A pessoa que destruiu definitivamente a idéia da terra plana, ainda em voga, foi o matemático grego Eratóstenes, que mediu com precisão o tamanho da Terra. Ele constatou que ao meio-dia do dia do solstício de verão o Sol ficava a prumo sobre um poço profundo situado em Siena, no Egito. Eratóstenes mediu o ângulo com o qual o Sol passava no mesmo dia sobre Alexandria e chegou ao resultado de 7,2 graus, cerca da qüinquagésima parte do arco do círculo. Como sabia que a distância entre Siena e Alexandria era de 790 km, Eratóstenes multiplicou 50 por 790 e chegou ao número de 39.770 km para a circunferência da Terra, bem próximo do real (cerca de 40.000 km).
Considerando-se a precisão dos instrumentos disponíveis há 2.200 anos, este resultado pode ser considerado surpreendente.

Hiparco (?-127 a.C.)

A grande descoberta do astrônomo grego Hiparco foi a trajetória do Sol no céu. Observando a estrela Spica, na constelação da Virgem, ele descobriu a precessão dos equinócios (um deslocamento aparente das estrelas ao longo de um período de 25.800 anos, causado pelo movimento da Terra sobre o seu eixo).>/p>
Hiparco calculou o ano solar em 365 dias e 6 horas, com uma impressionante diferença de apenas sete minutos em relação ao tempo real (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos) e o período lunar em 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 2,5 segundos (na realidade, 29 dias, 12 horas e 18 minutos). Isso tornou possível prever os eclipses da Lua com margem inferior a uma hora.
Também calculou as distâncias entre a Terra e o Sol e a Terra e a Lua. Foi o autor do primeiro catálogo de estrelas (com um total de 850 itens), concluído em 129 a.C., que ainda era usado 1.800 anos mais tarde. Neste catálogo as estrelas são classificadas por um sistema que é a base da atual escala de magnitude aparente.

Ptolomeu (90–168 d.C.)

Claudius Ptolemaeus foi um filósofo e matemático grego que contaminou a astronomia durante um milênio e meio após a sua morte. O termo "universo ptolomaico" descreve sua visão do Universo, com a Terra no centro, amplamente aceita até o século XVII e imposta pela famigerada Inquisição da Igreja Católica.
Ptolomeu expandiu o trabalho de astrônomos da antigüidade como Hiparco com uma coleção de 13 livros, dos quais o mais importante é o "Almagesto".

 








Sócrates foi o pioneiro do que atualmente se define como Filosofia Ocidental. Nascido em Atenas, por volta de 470 ou 469 a.C., seguiu os passos do pai, o escultor Sofrônico, ao estudar seu ofício, mas logo depois se devotou completamente ao caminho filosófico, sem dele esperar nenhum retorno financeiro, apesar da precariedade de sua posição social. Seu trabalho seria marcado profundamente pelos textos de Anaxágoras, outro célebre filósofo grego.
No início, Sócrates caminhou pelas mesmas veredas dos sofistas, mas ao retomar seus princípios ele os universalizou, empreendendo a jornada típica do pensamento grego. Suas pesquisas iniciais giraram em torno do núcleo da alma humana. Até hoje este filósofo é sinônimo de integridade moral e sabedoria, pois sempre agiu com ética, responsabilidade, e tornou-se padrão de perfeita cidadania.

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